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A cor azul dos miosótis

Somos mais produto do meio que nos constrói ou da imaginação que nos concebe?

Às vezes é preciso estar só

26.06.23 | Jorge Almeida

Às vezes é preciso estar só.

Estarmos com nós, sermos a nossa companhia.
 
Ninguém nos devia fazer melhor companhia que a nossa presença junto de quem somos.

Devíamos ser a melhor companhia de nós mesmos.
 
Ninguém nos quer mais e melhor que nós mesmos.
 
Estarmos com nós, é estarmos com Deus.
 
Só podemos fazer companhia a alguém, quando somos a melhor companhia de nós mesmos.

O culto do elogio e da gratidão

26.06.23 | EMILIA BALDAIA

O culto do elogio e da gratidão deveriam fazer parte da rotina diária.

Porque só se critica, só se desvaloriza, só se aponta o dedo, só se é indiferente, só se exclui, só se afasta, só se deita abaixo porque sim!!!!!

Em vez de;

*elogiar;
*agradecer;
*sugerir;
*avançar;
*fazer parte ativa;
*incluir;
*partilhar;
*criar pontes.

#empatia #solidariedade #cidadania #igualdade #respeito #fazeracontecer

Quero conviver com mais pessoas

26.06.23 | Jorge Almeida

Outro dos objetivos que apresentei no âmbito do projeto G'Oldies, de preparação para a reforma, dinamizado pela Prof. Dra. Inês Nascimento, da Faculdade de Psicologia do Porto, com o apoio da Câmara Municipal de Gaia, e no qual estou a participar, além da reativação deste blog, onde procurarei escrever com regularidade, foi a disponibilidade e interesse de conhecer e conviver com mais pessoas.

Estar com as pessoas, trocar ideias e opiniões, debater e confrontar-me com elas, é esse o meu objetivo.

Considero-me um solitário e introvertido, mais interessado, até aqui, em conhecer-me a mim próprio do que em conhecer os outros.

Mas ninguém vive sozinho, somos seres relacionais e a vida só tem sentido em interação com os outros.

O auto-conhecimento deve ser a tarefa mais importante da existência, mas conhecer os outros é vermo-nos num espelho que reflete aquilo que somos.

Todos somos iguais e partilhamos a mesma essência de seres humanos.

Esta semana estou de férias

26.06.23 | Jorge Almeida
Esta semana estou de férias. É bom!

 

Não fico eufórico por isso. Até pode ser um motivo de preocupação.

 

Mas férias são férias, podem ser boas ou não.

 

As férias são um tempo de relaxamento, mas também um tempo maior de encontro consigo mesmo. E isso não é fácil.

 

De um modo geral, as pessoas anseiam pelas férias. Normalmente, passam um ano á espera delas.

 

Como se só vivessem nas férias, e o outro tempo fosse penoso.

 

Mas a vida acontece todos os dias. E não tem férias.

O Carlos tem a expressão bela de um gaiato

26.06.23 | Jorge Almeida
O Carlos tem a expressão bela de um gaiato, um breve aroma frágil, um torpor da manhã. É assim, como o rumor dos rios ou o murmúrio do vento. Ou antes, a tarde inteira a lavrar na planície tépida. Não sei de que noites cruas vieste, para trazeres nos olhos a claridade toda das manhãs brancas!
 

No Carlos, o que se ouve mais é o silêncio. A sua voz é um sussurro magoado apercebido apenas por entre a folhagem das palmeiras bravas.

 

O Carlos não sabe que as águas que passam por baixo das pontes estão envenenadas, ele não sabe dos desgostos que o vento espalha, não sabe que o despeito é a razão de se ser egoísta e que os homens vivem com armas nos bolsos. Não sabe que o céu é azul porque os homens assim o pintaram, que as árvores podiam ser de outra cor, ele não sabe que até o sol existe para os homens pouparem eletricidade. Não sabe e acha tudo natural…

 

O Carlos vive com a mesma sem-razão de tudo o que vive contente de ser, sem saber.

 

Um dia chegou ao pé de mim, tinha medo de perturbar o silêncio, depois falou, lentamente, palavras sibiladas, sussurradas como o vento, e disse-me, como quem profere uma blasfémia: sabes, estou feliz.

 

Belo, não acham?

 

Este texto foi publicado na minha juventude no Suplemento Jovem do Diário de Notícias, subordinado ao tema Belo