A vida é para viver
A vida é para viver. Nada mais simples.
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A vida é para viver. Nada mais simples.
As dificuldades da vida servem para nos fazer crescer.
Às vezes é preciso estar só.
O culto do elogio e da gratidão deveriam fazer parte da rotina diária.
#empatia #solidariedade #cidadania #igualdade #respeito #fazeracontecer
Outro dos objetivos que apresentei no âmbito do projeto G'Oldies, de preparação para a reforma, dinamizado pela Prof. Dra. Inês Nascimento, da Faculdade de Psicologia do Porto, com o apoio da Câmara Municipal de Gaia, e no qual estou a participar, além da reativação deste blog, onde procurarei escrever com regularidade, foi a disponibilidade e interesse de conhecer e conviver com mais pessoas.
Estar com as pessoas, trocar ideias e opiniões, debater e confrontar-me com elas, é esse o meu objetivo.
Considero-me um solitário e introvertido, mais interessado, até aqui, em conhecer-me a mim próprio do que em conhecer os outros.
Mas ninguém vive sozinho, somos seres relacionais e a vida só tem sentido em interação com os outros.
O auto-conhecimento deve ser a tarefa mais importante da existência, mas conhecer os outros é vermo-nos num espelho que reflete aquilo que somos.
Todos somos iguais e partilhamos a mesma essência de seres humanos.
No Carlos, o que se ouve mais é o silêncio. A sua voz é um sussurro magoado apercebido apenas por entre a folhagem das palmeiras bravas.
O Carlos não sabe que as águas que passam por baixo das pontes estão envenenadas, ele não sabe dos desgostos que o vento espalha, não sabe que o despeito é a razão de se ser egoísta e que os homens vivem com armas nos bolsos. Não sabe que o céu é azul porque os homens assim o pintaram, que as árvores podiam ser de outra cor, ele não sabe que até o sol existe para os homens pouparem eletricidade. Não sabe e acha tudo natural…
O Carlos vive com a mesma sem-razão de tudo o que vive contente de ser, sem saber.
Um dia chegou ao pé de mim, tinha medo de perturbar o silêncio, depois falou, lentamente, palavras sibiladas, sussurradas como o vento, e disse-me, como quem profere uma blasfémia: sabes, estou feliz.
Belo, não acham?
Este texto foi publicado na minha juventude no Suplemento Jovem do Diário de Notícias, subordinado ao tema Belo