O Natal
Hesitei, por algum tempo escrever este post.
Mas é mais forte do que eu, todos os anos se repete.
A correria aos supermecados, comércios, lojas, feiras de natal, recolhas de alimentos para os sem abrigo e/ou para os mais necessitados (qual critério, qual escolha).
Fazem-se majestosos postais de natal, serapintados com gracisoas frases coloridas.
Combinam-se almoços, jantares de convivio, que depois se arquivam durrante os 364 dias.
Elaboram-se mensgens de boas festas e enviam-se, mesmo a quem durante um ano, nunca se fala, nunca se liga, nunca se pergunta se está bem.
O politicamente correcto e cordial vem á superficie nesta quadra, perdoa-se, finge-se empatias com estes ou aqueles, que depois não gostamos, não toleramos, nao suportamos.
Tudo é brilhante, iluminado, qual arco íris, acompanhado por melodias que tocam o coração, e ajudam a mascarar sentimentos e ações, que durante o resto do ano se catapulam, sobre a forma de armas, de insultos, de faltas de respeito e ( educação - qual escola ensina!!!!) de injustiça na justica, de fome, de desigualdade social nas necessidades mais básicas e elementares de uma sociedade que se diz ser livre e democrática.
Vira, a pagina do calendário, termina a nossa atuação no palco da vida. Novo recomeço, tudo volta á normalidade, ninguém tem mais de suprtar ninguém, de fazer de conta, de ser o que verdadeiramente não é.
Retomam-se os lugares nos onze meses seguintes, ninguem fala da palava natal, nem do seu simbolismo. Esquecem-se as promessas, os pedidos, a atenção, o fazer diferente, os votos endreçados, mesmo que gravados de alguma forma, são apagados.
Tão mais simples, cada dia tens alguém a quem podes desejar bom natal, seja qual for o dia.
Semeemos o espirito de forma genuina sempre, e percebendo que no lugar de qualquer pessoa, seja qual for a sua condição, estrato social, sexo, côr, religião, pode estar cada um de nós.