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A cor azul dos miosótis

Somos mais produto do meio que nos constrói ou da imaginação que nos concebe?

E se...

13.07.23 | EMILIA BALDAIA

E se fosse hoje, arriscaria. Continuar criança, continuaria.

Desafiada, aceitaria. Ter-te de novo, tentaria.

Voltar a ser vossa mãe, engravidaria.

Fugir da zona de conforto, fugiria. Brincar, brincaria.

Ser eu, seria. Escrever, escreveria. Gritar, gritaria.

Para te trazer, arriscaria. Ser feliz, seria.crever, 

Sair do quadrado, sairia. Apanhar chuva, apanharia.

Saltar de paraquedas, saltaria. Tentar, tentaria.

Amar, amaria.

Não fazer nada, faria. Escutar, escutaria. Recomeçar, recomeçaria.

Arrancar gargalhadas, arrancaria. Abraçar, abraçaria.

Dizer não, diria. Contrariar, contrariaria. Ir sem medo, iria.

Rezar, rezaria. Aceitar, aceitaria. Perdoar, perdoaria.

Julgar, não julgaria. Cobrar, não cobraria. Excluir, não excluiria.

Exterminar, não exterminaria. Ignorar, não ignoraria.

Deixar de viver, não deixaria. Acreditar, não desacreditaria.

E se eu decidisse o final da história. O pano levantaria, os aplausos se escutariam, a música se

ouviria, a vida aconteceria, a alegria contagiaria, a liberdade sobreviveria, as pessoas

celebrariam, o amor se replicaria.

E se pudesse validar esta versão. Escrever a melodia para a canção.

E se me deixassem, quão feliz eu seria, de poder oferecer ao mundo esta magia, reaprender a viver

para de novo tudo acontecer.