Não tenho modelos
23.06.23 | Jorge Almeida
Tenho estado a pensar nas personagens, reais ou fictícias, que me possam servir de modelo ou influenciar o meu comportamento.
Não será muito normal, mas a verdade é que não encontro.
É curioso que já noutras ocasiões me dei conta disso. E que isso será revelador.
Haverá, com certeza, personagens que suscitam a minha simpatia. Se me forem apresentadas, haverá uma ou outra que terá um impacto maior sobre mim, por razões positivas ou negativas.
Mas, geralmente, costumo distinguir a personagem (pública) do ser (privado) que é.
Às personagens são construções sociais que os meios de comunicação, como a publicidade, criam para veicular ideias ou interesses que visam defender pontos de vista.
É comum sermos confrontados com opiniões que põem em causa a credibilidade de algumas personagens.
Muitas vezes o comportamento do ser ou indivíduo revela uma verdade que está nos antípodas do que a personagem pretende revelar.
(Texto apresentado no âmbito do projeto G'Oldies)